terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Obra do Loreto I.

Caros monçanenses,


Relativamente à obra do Loreto devo desde já tornar público o seguinte:

1- Votei contra a realização da obra neste período por entender não haver condições financeiras para a realizar, apesar da mesma ser, alegadamente, comparticipada a 80% com fundos comunitários.

Entendo que só, para colocar os serviços do município num luxuoso edifício é um investimento muito caro (cerca de 1.200.000, 00€).

Entendo que haveria outras prioridades e para além disso, por causa destes investimentos não se reduz ao IMI, vai-se aumentar a água (e de que maneira, esperem para ver), não se reduziu o IRS. Tira-se mais a quem já nada tem. O povo.

Sou contra este tipo de investimentos, ainda que parcialmente financiados, por entender que, no actual panorama das finanças públicas municipais e nacionais, a retracção deveria ser muito grande, se não total (pelo menos 1 a 2 anos).

2- Quer o Sr presidente da Câmara, quer o vereador Alberto Lima, quer toda a maioria ( os silenciosos concordam), questionados por mim a respeito da farmácia já afirmaram:

a) Não estar preocupados com a farmácia:

b) A execução da obra e o projecto foram mais caros para impedir que a farmácia estivesse sujeita a acidentes ou inconvenientes.

c) A farmácia só sai do Loreto se os proprietários quiserem.

d) Se sair a câmara não vai pagar nada.

e) O empreiteiro é responsável por fazer um seguro que responda por eventuais danos na farmácia.

(todas estas informações estão disponíveis nas actas que vão sendo publicadas neste blogue).

3- Sei que:

A) Já houve danos na farmácia e incidentes;

B) O empreiteiro não conseguiu fazer o seguro, cumprindo as obrigações do caderno de encargos e, por isso foi a câmara a faze-lo e é quem o esta a pagar (aguardo por ver como será o acerto de contas em receitas e despesas não orçamentadas - leia-se sem cabimento orçamental).

C) A câmara já interferiu junto do INFARMED a solicitar autorização para mudar a farmácia para o edifico conhecido por “Casa do Dr Pinho”, invocando interesse municipal na obra do Loreto ( quiçá, preparando a saída da farmácia) sendo que o Infarmed negou autorização por questões legais (distancias).

D) A farmácia alega ter perdas de receitas na ordem de 20 a 30% desde que a obra se iniciou, numa facturação muito considerável.

Conclusão: è minha convicção que se vai preparando a opinião publica para um facto consumado ( por isso as coisas se iniciam com rumores) que é a farmácia sair do Loreto

Não sei dizer se a câmara vai pagar ou não essa saída, ou parte dela, sendo certo que se eu fosse o proprietário da farmácia defenderia os meus direitos e interesses, com toda a legitimidade.

É minha convicção que a obra do Loreto vai ficar muito mais cara do que o previsto (só para instalar os serviços da câmara e ficarem comodamente instalados -não quer com isto dizer que trabalhem melhor e com mais eficácia).

As finanças publicas municipais ( em primeira linha) e nacionais vão pagar mais este desvaneio.


Consultem as actas da camara para verem as diversas posições sobre o Loreto.
Bem haja