sábado, 27 de fevereiro de 2010

REUNIÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MONÇÃO DE 26-02-2010

No passado dia 26.2.2010 assisti, como vereador da câmara municipal de Monção, à minha primeira Assembleia Municipal.

Doravante estarei sempre presente, a menos que me encontre impedido, na reunião Magna do município, simplesmente porque dei conta que a actual Lei das Autarquias Locais, a qual já é do ano de 1999, no seu artigo 48, nº 3 determina que “Os vereadores devem, estar presentes nas reuniões da assembleia municipal”. Importará explicar que a palavra “devem”, em Direito, é uma imposição e não uma faculdade.
Uma vez lá, deparei-me com um local mais elevado onde se encontravam 3 mesas. Uma ao centro com 3 cadeiras, que presumi serem da mesa da Assembleia e 2 laterais a esta com quatro cadeiras cada.
Porque não existiam lugares identificados senti-me no primeiro lugar vazio da mesa lateral que me estava mais próxima.
Neste instante, para meu espanto, o senhor presidente da câmara, Dr. José Emílio, dirige-se-me e num tom imperativo manda-me abandonar aquele local.
depois de uma serene –pelo meu lado claro – troca de palavras fiz perceber ao presidente da câmara da qual sou membro que não sairia do local onde me tinha sentado.
Motivos: porque não havia lugares marcados e por isso me senti naquele, deixando na mesma mesa lugares para o Sr. presidente da câmara e os dois únicos vereadores que também lá se encontravam (os vereadores a tempo inteiro); também e sobretudo porque nunca e em nenhuma circunstância permitiria que o lugar de um vereador, eleito pelo povo e membro da câmara de pleno direito, fosse, como o presidente da CMM queria, ocupado por um chefe de divisão que, salvo o devido respeito, não é mais que um funcionários da autarquia que nem tem, por lei, lugar entre os representantes eleitos pelo povo.
Felizmente, o Sr presidente da Assembleia Municipal demonstrou não só ser pessoa de bem, como também ser homem sério e à altura das circunstâncias, fazendo perceber ao presidente da câmara do seu partido que não tinha razão e um membro do executivo não deve ceder o seu lugar publico a um técnico do município, ainda que seja um funcionário dirigente.
Ainda assim, o Sr. presidente da Assembleia Municipal foi, pessoalmente, carregar uma cadeira para que o técnico do município se sentasse ma mesa que pertencia aos eleitos.
Acto nobre, sem duvida, mas que bem ilustra a que ponto chegou, mesmo dentro do PS, o quero posso e mando do Dr. José Emílio, a sua falta de solidariedade para com os membros do seu próprio órgão, a sua enorme falta de saber ser e estar em democracia.
Atingiu-se com este episódio, o delírio do despotismo, quando afinal este vereador, pelo menos por uma ocasião, indicou a um vereador a tempo inteiro como deveria responder o Presidente da Câmara á questão colocada por um deputado do PS Resposta essa que o presidente da câmara acabou por dar aquele deputado.
Longos dias têm cem anos e este mandato que deverá durar 4 anos ainda não chegou aos seis meses de longevidade….
Sendo certo que as maiorias não sustentam ilegalidade e que a imposição pela força da maioria em desrespeito da minoria (ainda que incomoda e seria como esta que agora existe) não é democracia, despeço-me até á próxima crónica em que voltaremos a esta Assembleia Municipal para acompanhar de perto a “bondade” das intervenções.

Bem haja.

9 comentários:

  1. Infelizmente a democracia, por via de comportamentos e atitudes dos politicos que nos governam, está a atingir níveis tão baixos que a grande maioria do povo tende a perder cada vez mais a esperança e a desacreditar neste modelo de sociedade.
    Estas atitudes não dignificam o poder local nem servem de exemplo de uma boa pratica democratica dentro do Orgão, e é uma imagem muito negativa que foi passada para a assembleia municipal, o que é mau de mais para serem verdade.
    O Sentinela

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  2. Desde o início até final, tudo foi mau naquela AMM. Se pensarmos que a finalidade daquela assembleia é para tratar d'assuntos da nossa terra, desenganemo-nos! As AMMs são ao fim e ao cabo para algumas pessoas (sempre as mesmas) se porem em bicos de pé, agradarem aos chefões, em suma: darem nas vistas. O actual poder local por sua vez, faz-nos lembrar os tempos da defunta URSS, em que o partido tudo dominava, tudo determinava e pior que isso, tudo espezinhava quando as pessoas ou organismos não baixassem a servil.É melhor que os Monçanenses tomem conta da realidade, caso contrário, no futuro terão de andar de cabeça baixa, com medo que as paredes tenham ouvidos e sofram represálias só porque tiveram a ousadia de pensar em voz alta, algo que desagrade ao actual poder. Tenho apesar de tudo a esperaça que no futuro, nem que seja daqui a quatro anos, a DEMOCRACIA volte a Monção. Seria um regresso feliz.

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  3. Na última AMM, tivemos a oportunidade de asistir ao vivo,a algo que se ia ouvindo em surdina. Falo da sobraceria, da altivez e da soberba de alguns Deputados Municipais pertencentes ao partido no poder. A maneira como se dirigem aos companheiros doutros partidos da Assembleia, deixa transparecer algo que se assemelha a despeito. falou-se de picar cavalos, picar a coca, montar em cavalo, foi-se ao dicionário ( pudera!), ameaçou-se com reguadas, etc. AH..esquecia-me que se falou com voz grossa, ameaçadora. Subentendidos ficaram no ar sobre o futuro de quem ainda é jovem.
    Tudo foi permitido e tudo foi ensaiado, que os pegureiros estavam em plano alto. Como se os Deputados da oposição nao percebecem...Só que estes ao que parece não precisam que lhes assobiem para beber.
    E em termos de melhor viver e estar, nada. MONÇÃO FICOU ESQUECIDO.

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  4. Depois do que assiti na última AMM,fiquei esclarecido. A Assembleia serve para se trocarem uns "mimos", para se falar alto,e para deixar ameaças subentendidas a pairar.A Assembleia serve para os palradores costumeiros darem nas vistas. Oradores verdadeiramente interessados pela nossa terra de Monção, nem vi, nem ouvi.
    Verdadeiramente lamentável o jogo de cadeiras no início da Assembleia. Será que o Vereador da oposição, não foi legalmente eleito? Coibo-me de dizer o que penso sobre aquela situação, não vá o diabo tecê-las!...

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  5. Caro anónimo das 23.11, não posso estar mais de acordo com tudo aquilo que diz, porque os actuais responsáveis Municipais, praticam uma politica que está a desacreditar a democracia, e deteriora a verdadeira essência do exercicio do poder local. O que vindo dum partido que se reclama progressista como o PS, só desacredita e descredibiliza o sistema politico que temos. E se recuarmos um pouco no passado politico e historial do PS enquanto oposição, vêmos uma força combativa e lutadora contra todo o tipo de injustiças, e reclamando o exercicio de um poder local verdadeiramente democratico, para satisfazer as necessiades e anseios das suas populações, sem qualquer tipo de excepções ou discriminações. Todavia, o que se está a ver é um poder, cuja imagem de marca em termos de gestão autarquica deixa muito a desejar e que tem vindo a descredibilizar o PS,em que grande maioria da população acreditava e via como principal força politica progressista capaz de transformar a sociedade de uma forma mais justa e mais social.
    O sentinela

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  6. Caro amigo "o Sentinela".
    Tudo o que disse sobre o PS, estava correcto. E disse estava, porque esse era o sentimento, a forma de pensar de alguns ilustres Socialistas, tais como Salgado Zenha, António Barreto,e outros como o Homem que estruturou o serviço nacional de saúde e do qual agora me não lembro o nome.Esses eram Socialistas em que o povo podia confiar. Eram Homens com H, verdadeiros defensores do socialismo democrático. Foram afastados! Porquê? Bem...porque se recusaram a pactuar com sistemas em que o mais importante não era a democracia e o bem estar de Portugal. E assim chegamos ao início do sec. XXI e não há maneira de sairmos do pântano em que nos meteram. E pior do que nos ter metido, é não nos deixar sair. Comprovativo do que disse, basta olhar para este distriti de Viana. È provavelmente o mais pobre de portugal, onde os índices de desemprego continuam a subir e vai já em mais de 30%. Os próprios estaleiros foram preteridos em favor de uma empresa recem criada, sem experiência, na contrução de um barco, para Portugal. Então no que diz respeito ao Vale do Minho nem se fala. Até as vias de comunicação existentes e sem outra alternativa válida, teremos que pagar. Mas afinal as autarqias do Vale do minho não são quase na totalidade de côr Rosa? Afinal que socialismo è este, que só se olha para o umbigo próprio?
    Caro sentinela, um abraço.

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  7. caros leitores.
    Prometi voltar à reunião da AMM de 26.2.2010 para me referir, aqui, Há qualidade das intervenções dos deputados do PS e à falat de intervenções de outros.
    Não podia deixar de referir, também, que só os deputados do PSD e do GIM falaram, naquele reunião, de forma seria, sobre os problemas reais da nossa sociedade.
    Do mais. V. Exas, e bem já disseram tudo.
    Tápa-se o sol com a peneira e diz-se mal dos outros quando nada tem pare se dizer. OU, se quizerem, a injuria é arazão usada por aqules que não têm rezão.
    Capitulo encerrado.
    bem haja.
    Jorge Nande

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  8. Como Monção elegeu esta equipe para comandar os destinos desta linda terra.
    Os Monçanenses dever-ião de assistir a uma reunião de câmara para verem o valor da equipe que elegerão.
    Não tenhas medo
    Jorge Nande

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  9. Não posso estar mais de acordo com o que diz amigo das 20.37. Na verdade verifica-se que no distrito de viana do castelo, tem tido, no final desta última década, uma grande quebra de crescimento económico, social, empresarial e comercial, etc. Cujas consequencias, estão bem a vista de todos, causando graves reflexos a todos os níveis da sociedade, nomeadamente a nível do desemprego que se faz sentir em toda esta região, bem como, em quase todos os restantes sectores de actividade, que atingirão os piores resultados de sempre.
    Por sí só, isto deveria ser motivo para fazer corar de vergonha os responsáveis politicos que governam esta região há várias décadas, pois são os principais responsáveis pelo fracasso das suas próprias politicas. E também é tempo das populações pedirem e exigirem responsabilidades aqueles em quem confiaram.
    O SENTINELA

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