quinta-feira, 19 de novembro de 2009

IN Jornal de Noticias 19-11-2009

Militante do PSD há 18 anos e presidente de junta de Podame, Monção, há 16, João Caldas viu a distrital de Viana retirar-lhe a confiança por alegadamente ter sido protagonista de "situações politicamente inaceitáveis".
O autarca diz-se surpreendido com a tomada de posição da Comissão Política Distrital (CPD) social-democrata (afirma ter tomado conhecimento pelo JN) e garante que vai apelar às estruturas nacionais do partido e mais directamente a Ferreira Leite para interferir no processo. Ontem de tarde, a distrital PSD liderada por Eduardo Teixeira emitiu uma nota de imprensa anunciando que a CPD "deliberou retirar a confiança política ao autarca João Carlos Caldas, da freguesia de Podame, no concelho de Monção", devido a "situações politicamente inaceitáveis ocorridas durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas, face às quais a comissão política não pode ficar indiferente". Sem especificar o teor, acrescenta que "a decisão, unânime, surge na sequência de um pedido da Comissão Política de Secção de Monção". "Vou contestar a nível nacional porque para já não há comissão política concelhia em Monção desde antes das eleições autárquicas. Quem estava à frente era o candidato PSD à Câmara, que é do PS e que não gosta de mim e, por isso, tentou tudo para me retirar a confiança política", declarou João Caldas ao JN, sublinhando: "Mal tenha conhecimento por escrito vou recorrer para a presidente do partido". "A distrital de Viana está a errar muito. Por trás disto está o ridículo dos candidatos que tem o PSD. Penso que estão a agir por desespero da derrota que tiveram", acusa, dizendo desconhecer a que "situações politicamente inaceitáveis" se refere a CPD.
João Caldas de 48 anos, reeleito autarca pelo PSD em Podame em Outubro com 68,92% dos votos, é, curiosamente, casado há 14 anos com a presidente da junta da freguesia vizinha de Segude. Celeste Gonçalves de 40 anos, autarca há oito, foi também reeleita nas listas do PS com 63, 91% de votos.
Apesar de o partido lhe ter retirado a confiança, Caldas não esconde que é sua ambição passam por subir alguns degraus dento do PSD a nível local

1 comentário:

  1. Não sou militante do PSD nem nunca fui militante do PS (embora, como também nunca escondi, tenha sido eleito como independente pelas listas da Assembleia Municipal deste ultimo partido nas autárquicas de 1993).
    Por esse motivo, passam-me completamente a ao lado todas as querelas partidárias do PSD com os seus militantes.
    O que sei é que o Sr João Caldas não quis fazer campanha com o PSD nas últimas autárquicas, tendo preferido alinhar o comício da sua candidatura na sua freguesia como o do PS.
    Também sei que este Senhor esteve dentro da Assembleia de voto de Podame com uma credencial de delegado sem identificação de partido, emitida pelo Sr. Presidente da Câmara, curiosamente PS, sem que estivesse a representar o partido pelo que concorria, o PSD.
    Tive ainda conhecimento, como dezenas de militantes do PSD, que nas últimas legislativas o Sr Caldas aconselhava o voto no Dr Abel Baptista, do CDS, tendo mesmo chegado a escrever pelo seu próprio cunho o aconselhamento do voto naquele candidato do CDS, “por ter sido o melhor deputado do distrito”.
    Temos conhecimento que a decisão de retirar a confiança politica ao Sr Caldas consta de uma acta de uma reunião ocorrida em Monção antes da eleições de 11 de Outubro, sendo que se tal decisão foi aprovada por unanimidade de militantes e daquele Partido e todos do concelho de Monção.
    Também sabemos que o grupo parlamentar municipal do PSD decidiu por ampla maioria, se não unanimidade, não permitir a participação do Sr Caldas nas suas reuniões.
    Nunca participamos em nenhuma dessas votações.
    Registamos a importância que o Sr Caldas nos atribui sendo certo que, para além do respeito que nos impomos perante qualquer pessoa humana, sempre deveremos dizer que, o Sr Caldas nos é de todo indiferente seja como autarca seja como pessoa individual pelo que não perderemos mais do que estes minutos a referir-nos ao homem e ao “político”.
    É curioso como o Sr Caldas nos acusa de ser PS e este partido (com uma maioria de 6-1 na câmara ) nos acusa de não deixar governar Monção.
    So os faltará ser culpados do buraco do hozono por, nomeadamente, andarmos a pé.
    Quanto ao Sr Caldas desejar-lhe que as suas apirações policitas se concretizem e quiça um dia chegue onde tanto deseja politicamente
    Bem Haja.

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